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31 de jan. de 2008

Fotografia sob os olhos

"Eric Clapton, a autobiografia". Comprei esse livro no aeroporto, meio desconfiada pelo impulso. Na capa uma foto do músico, sem retoques. O olhar de quem está diante da camera, sem nenhuma pretensão, mostrando marcas; olhando-nos direto, expondo algo, com mistério, com sinais de solo fértil e vigoroso.
No verso do livro outra foto, esta de sua juventude, e também sem nehuma pretensão.
Sentei-me na poltrona. De S. Paulo à Campo Grande, 1h e 30 min. de vôo. Comecei a ler. Após algumas páginas, o clima do livro se anuncia: - direto e sem retoques, como a foto, na descrição dos fatos de sua vida. E eu fui junto.
Confesso que não foi o meu "superstar" preferido. Há algumas músicas como "layla", " Sunshine" ou " tears in Heaven", que aprendi a gostar mais adulta. Sabia de sua fama de viciado, mas era um tema recorrente entre os artistas da época.
É na autobiografia que se percebe a luta deste ser humano com o vicío.
Depois de dois dias, havia lido o livro de quase 400 páginas, e me perquntei porque havia gostado.
Talvez pelo tom intimista do autor, de alguém se expondo com tamanha veracidade e coragem, talvez porque ele fez das palavras e sentimentos uma catarse, consequindo nos deter em fases cruciais de sua vida, e trazendo detalhes que também participamos, como os Beatles, Jimi Hendrix, George Harrison, Bee Gees, e outros de nossa adolescência, que fizeram parte de nosso imaginário. Dos filmes que ele citou como: " Tommy" ou "Hair", nestes momentos de lembranças e memórias que vamos andando juntos e revevendo.
Chego a conclusão que foi uma mistura de tudo que me fez ir adiante e não largar o livro. O fato dele se interrogar constantemente sobre a sua existência, de se ordenar na investigação de seu equilíbrio diante da música. Refletindo o seu caminho, descrevendo os sentimentos, e o terreno acidentado de sua alma.
Ele escreveu sobre si mesmo. Ele se abriu por inteiro, não apenas para falar dos tempos que se chapava direto, ou de seus relacionamentos e da morte de seu filho e de amigos, mas de sua vocação e honestidade, em procurar o que o alimentava. Senti em seu relato, a humildade de um ser humano em suas buscas, incerto e frágil como todos nós.


.
Obrigado Fernando, por ter indicado o livro.

17 comentários:

... disse...

Ju, amiga.
Bom que gostou do livro,para mim a leitura foi mais uma vez ver compreender a dimensão da Espiritualidade na vida das pessoas.Os valores que muitas vezes não sabemos avaliar com a devida atenção e são cruciais te-los presente só conseguimos encontro-los no reconhecimento de nossas fraquezas e torpezas.
bj.
Sugiro outro livro, tá lá nO Contrário. (The)

Maria Augusta disse...

Ele é um grande músico, e creio que boa parte de sua sensibilidade é devida às lutas e tristezas que ocorreram em sua vida. Felizmente ele venceu a luta contra a droga e sobreviveu, muitos outros não conseguiram.
Um grande beijo e bom fim de semana.

Ví Leardi disse...

Jugioli...Que texto maravilhoso...Parabéns com poucas palavras despertou um enorme interesse por esta leitura..
A morte do filho de Eric,na época, foi das coisas que mais me impressionou...ninguém deveria perder um filho ...e a música composta por ele,para o filho ...é das coisas mais lindas e emocionates que já ouvi...

Beijos

un dress disse...

acho jugioli que quando abrimos mesmo a alma, somos todos muito mas muito parecidos!

a morte de um filho...não deve haver dor maior, acho...


lindo como dizes! :)



.beijÒ

Só- Poesias e outros itens disse...

Fernando, concordo plenamente com a questão da espiritualidade que você colocou. Ao meu ver foi isso, somando-se a figura feminina que o levou a repensar na vida, e lógico os seus filhos.

bjs.

Ju gioli

Só- Poesias e outros itens disse...

Maria Augusta, realmente um grande músico, que se encontrou quando soube escutar sua intimidade e sofrimento.

bjs.

Ju gioli

Só- Poesias e outros itens disse...

Vi,
obrigado pelas palavras. Concordo com você, essa música é realmente muito linda, vêm da alma.

Un-dress,
foi uma leitura muito boa, agradeço o seu comentário.

bjs.


Ju gioli

... disse...

Ju, perceber o mal que fez na vida de várias namoradas e sentir o valor do companherismo da sua mulher me faz perceber o quão é importante saber escolher a mulher de nossa vida. O mesmo para a mulher saber escolher o homem de sua vida.O recolhecimento de ambos foi uma das boas passagens do livro saber até onde está a individualidade e a cumplicidade de ambos.
bj.

Só- Poesias e outros itens disse...

Fernando,
feliz constatação, saber que relacionamentos se alimentam de tal forma, que ambos possam crescer juntos.

Obrigado pelo comentário.
Ops: fiz a anotação do livro indicado no seu blog.

bjs.

Ju gioli

Silvares disse...

:-)

(Só quis deixar um sinal da minha passagem por aqui.)

Lord Broken Pottery disse...

Me empresta o livro? Tenho ouvido muito o Eric Clapton, o CD Chronicles não sai do meu som. A música Bad Love, que ele canta com o Phill Collins tocando bateria é a minha preferida. Ele é um gênio!
Beijo

Anônimo disse...

Jugioli,

li nestes dias de Carnaval. Sua RESENHA esta ótima. Ao contrário de você sempre fui fã de carteirinha dele!
O meu exemplar ficou em SP para a Paulinha, Renata e quem mais queira...ler!

Bjs

Ví Leardi disse...

Jugioli...onde andas ...
fazes falta...
Beijos...

Só- Poesias e outros itens disse...

Silvares,
seja bem vindo!!!

bjs.

Ju gioli

Só- Poesias e outros itens disse...

Lord,
empresto com prazer.
Obrigado pela presença.


Vi,
também estou com saudades, andei olhando o seu blog, e o visual está incrível.

bjs.

Ju gioli

sonia a. mascaro disse...

Ainda não li o livro, mas sua resenha me entusiasmou. Gosto muito de suas músicas e de suas interpretações.

Há tempos, eu estava almoçando no restaurante do hotel Caesar Park (SP) e ao lado na nossa mesa estava o Eric Clapton, que estava hospedado lá. Ele estava sozinho e meu filho que na época devia ter uns 12 anos, foi pedir um autógrafo para ele. Ele foi muito gentil, e meu filho ficou contente com o autógrafo e com a atenção dele, já na época um guitarrista famoso. Ele tinha vindo a SP para um show.

Luiz Santilli Jr disse...

Jugioli

Raros livros provocam em nós essas emoções, tão bem apresentadas por você!

Estou capenga, sem meu computador, com todos meus links!!!!!

No dia anterior à minha saída, deu pane; deixei para ver na volta e deu nisso!

Saudade

Luiz


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