Ano Nove
Agora vou deter-me e ficar inteiramente alerta. Se esvaziar de mim mesma e esperar, ouvindo os rumores de um novo ano. Dessas coisas que criamos no fluxo e refluxo das coisas novas.
Nada mais há que fazer com aquelas coisas velhas de que não precisamos, desfazer é um ato de coragem. Ter o empenho dessa sensação do porvir, com o ato de respirar e renovar.... numa espécie de laboratório metafísico de mudanças. O ar se expande, multiplicam-se as vontades, e como todos, especializamo-nos em mil promessas.
E, como todos os inícios : imaginar, conceber, cismar, meditar, pensar e sonhar, dado nossas equações empíricas sobre o tempo, tanto quanto deglutimos, digerimos e assimilamos desta história que vivemos em tantos ensaios, convertendo toda sensação numa outra sensação, o que nos torna humanos e criativos, nesta infinita capacidade de abstrair do mundo o nosso sentido real de ser.
E, se relativo são os fatos, ficarei com a tendência de lançar sobre a realidade o equivalente poético da formúla E= mc (2) de Einstein, emitida na velocidade da luz, com a possibilidade de alimentar meus dias como toda energia ( sem muitos desperdícios) e com a sabedoria necessária para corrigir meus erros ( sem tantas gravidades). E ter menos pressa sobre as minhas coisas, já que o tempo é mesmo o tempo, onde tudo passa.
Meu outro grande desejo é conhecer a sutileza do silêncio, ou pelo menos eliminar os ruídos que não me dizem nada, e me agarrar de volta as minhas intuições primeiras.
Não sei se disso tudo, sobre o que desejo para este ano, mas vagamente sinto que sempre faltará algo, e prefiro seguir adiante, como quem ainda não conhece a estrada, e onde só posso começar a entender o quanto de prazer me reserva em viver o sol deste ano novo, leve como uma pluma.
Agora vou deter-me e ficar inteiramente alerta. Se esvaziar de mim mesma e esperar, ouvindo os rumores de um novo ano. Dessas coisas que criamos no fluxo e refluxo das coisas novas.
Nada mais há que fazer com aquelas coisas velhas de que não precisamos, desfazer é um ato de coragem. Ter o empenho dessa sensação do porvir, com o ato de respirar e renovar.... numa espécie de laboratório metafísico de mudanças. O ar se expande, multiplicam-se as vontades, e como todos, especializamo-nos em mil promessas.
E, como todos os inícios : imaginar, conceber, cismar, meditar, pensar e sonhar, dado nossas equações empíricas sobre o tempo, tanto quanto deglutimos, digerimos e assimilamos desta história que vivemos em tantos ensaios, convertendo toda sensação numa outra sensação, o que nos torna humanos e criativos, nesta infinita capacidade de abstrair do mundo o nosso sentido real de ser.
E, se relativo são os fatos, ficarei com a tendência de lançar sobre a realidade o equivalente poético da formúla E= mc (2) de Einstein, emitida na velocidade da luz, com a possibilidade de alimentar meus dias como toda energia ( sem muitos desperdícios) e com a sabedoria necessária para corrigir meus erros ( sem tantas gravidades). E ter menos pressa sobre as minhas coisas, já que o tempo é mesmo o tempo, onde tudo passa.
Meu outro grande desejo é conhecer a sutileza do silêncio, ou pelo menos eliminar os ruídos que não me dizem nada, e me agarrar de volta as minhas intuições primeiras.
Não sei se disso tudo, sobre o que desejo para este ano, mas vagamente sinto que sempre faltará algo, e prefiro seguir adiante, como quem ainda não conhece a estrada, e onde só posso começar a entender o quanto de prazer me reserva em viver o sol deste ano novo, leve como uma pluma.
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texto e aquarela s/colagem: JU Gioli
9 comentários:
Ju
O teu blog está cada mais melhor. Adoro
Jugioli,
bom texto. Leve como uma pluma!
Lindo texto!
Feliz 2009!
Ju, ficou mesmo linda a pluma, não percebi que era escaneada. Não tenho feito mais experiência com o scanner. Qualquer dia vou tentar novamente.
Também estou com saudades de você!
Beijos!
Muitos votos para um ano tão éfemero e complicado. Espero que se concretizem. Senão fica a vontade que já é muito.
olá... gostei de seu blog
semsugestaodenomes.blogspot.com
A vontade transforma e o som das palavras ao vento incomoda quem não quer aprender... Lindissimo!
Texto maravilhoso. Tanto quanto a "sutileza do silêncio."
Aplausos e emoção!
Gilia
Adorei seu texto.
Lindo. Parabéns.
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