Dizem que os instintos são cegos, ou seja, ignoram a finalidade da ação. Eu não concordo. Vejam por exemplo, o comportamento da “vespa” com seus filhos, ela fabrica uma célula onde deposita o ovo junto ao qual coloca aranhas para que a larva ao nascer, encontre alimentos suficientes para a cria. E, eu faço a pergunta: Onde estão as mães com instinto, com a possibilidade de sentirem que seus filhos correm perigo, que tem faro, olhos, pernas para protegerem suas crias, para selecionar o que pode fazer mal para uma criança. Só uma mãe sabe agir com sensatez diante de uma diversidade.
O instinto materno, faz com que a muda ferocidade da vida seja contornada com afeto. Uma simples vespa, sabe cuidar de sua cria. É genético, e deste genético que nasce na pele, e que depois passa para o instinto amoroso, que nos define como humanos.
Saber amar e proteger é dar sustento ao mínimo necessário para que os filhos saiam para a selva.
Soube uma vez que uma mulher mexicana, morando em uma vila distante, oito horas da cidade, encontrou-se sozinha e em trabalho de parto, pegou uma faca de cozinha na gaveta e fez sua própria cesariana, para em nome do instinto, salvar o seu filho.
O amor é este instinto natural, tão natural , que faz uma mulher cortar seu próprio ventre, abrir suas entranhas, cortar o cordão umbilical e parir. Como uma mulher primitiva, uma grande deusa mãe natureza que cheirando a comida sabe dizer o que é bom para seu filho comer.
Mas onde estão essas mães naturais, deusas, poderosas, plenas de seus instintos, de percepções, tenacidades? Mães que estão deixando seus filhos morrerem caindo das janelas, sendo presas fáceis da loucura, do suborno, deixando seus filhos ingênuos e frágeis e não reconhecendo seus predadores. Há muitas crianças vítimas no noticiário. Eu prefiro as vespas.
Ju Gioli
9 comentários:
Jugioli,
texto tão bom que vai amanhã para DUAS PALAVRAS NO VARAL e Domingo para o BLOG VICIADO, como melhor postagem da Semana! Desbancou uma já prevista do Ricardo Noblat/Claudio Versiani!
Parabéns!
Ju, pior, as mães que confundem correção com amor e carinho. As que não educam corretamente, esperando ter os filhos uma idade maiorzinha para ensina-los.
Vivem a base de emoções, o coração fala mais alto , a razão é despresada. Mães como esta quero distancia, quilômetros.
Porisso haverá sempre os fracos, paridos por fracas.
ßjs.
i know how you feel. The daily news is heartbreaking to watch. There are children suffering from neglect, abuse, and just plain carelessness. maybe our material world and constant rushing has made some of us lose all feeling. There seems to be an awful lot of uncaring and just letting things go in the human race.
Ju ,que texto magnífico...Que triste realidade cada vez mais presente...mas como a mulher mexicana há de haver ainda em tantas este instinto mais forte do que qualquer outro...Infelizmente o interesse da mídia é sempre o da tragédia. Muito casos que não chegam a nós devem ainda acontecer onde a defesa da "cria" é incondicional.
Minha querida...que grande alegria foi estar com vc..a realidade melhor ainda do que o virtual...Mil beijos e muito obrigada...
p.s quanto a comemoração...mesmo no dia a dia "regar" é preciso,não é? ;-}
Eduardo,
que coisa boa!!!
Só agradeço.
bjs.
JU gioli
Fernando, concordo plenamente com suas palavras. Está faltando muita coisa, principalmente compromisso com o que se cria, pôr no mundo é fácil.
Mimi, obrigado pelas palavras, e fico muito agradecida pelo link no seu blog.
Vi, foi mesmo fantástico te conhecer, uma exuberância de pessoa. Seus trabalhos com jóias são mesmo incríveis.
Ah!!! e boa regação.
bjs.
JU Gioli
Ju, acho que o instinto maternal é sufocado por todos os outros apelos da vida moderna, tão corrida. E que os filhos de hoje não as obedecem, tanto as influências alheias às famílias estão presentes na vida deles. Mas no fundo acredito que o instinto maternal esteja sempre presente no âmago de cada mãe, pois ele faz parte da natureza.
Um grande beijo e um lindo fim de semana.
Eu tenho uma mãe assim. Sou um homem com muita sorte. E sou pai. Espero que a minha filha pense o mesmo que eu em relação à mãe. E, já agora, em relação ao pai. A minha filha é a coisa mais importante que o mundo tem em cima, debaixo e dentro dele.
Bom fim-de-semana.
JU, muito lúcido e oportuno esse seu artigo. É preciso mesmo com urgência repensar e refletir sobre o papel dos pais nos nossos dias e também refletir sobre o significado de liberdade e modernidade.
Bjs.
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